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Fimose Infantil: Guia Completo para Pais e Mães – O que é, Quando a Cirurgia é Necessária e o Passo a Passo do Tratamento

  • Foto do escritor: Daniel Sucupira
    Daniel Sucupira
  • 4 de nov.
  • 15 min de leitura

A Fimose em Crianças: Alerta ou Apenas o Tempo de Crescer?


Mãe e Pai,

Se você está aqui, provavelmente está preocupado porque o seu filho ainda não consegue retrair a pele que cobre a ponta do pênis. Respira fundo: essa preocupação é válida, e é natural ter dúvidas nesse momento. A fimose infantil é um dos assuntos mais comuns em meu consultório — e, ao mesmo tempo, um dos mais mal compreendidos.

Sei que o medo de uma cirurgia é natural. Por isso, a informação clara é sua melhor aliada. Neste Guia Completo, meu objetivo é simples, mas essencial: garantir que você compreenda a diferença crucial entre a fimose que o tempo resolve sozinho (a fisiológica) e aquela que é uma doença real (a patológica) e que precisa de tratamento.

Precisamos sempre buscar a solução mais segura e menos invasiva para o seu filho. Você aprenderá aqui quando a pomada de corticoide é suficiente e quando a cirurgia de postectomia se torna a melhor e mais segura opção para o desenvolvimento e a saúde íntima dele a longo prazo.

Boa Leitura!

Dr. Daniel


O que é Fimose Infantil? Fisiológica vs. Patológica

Fimose Fisiológica (A "Fimose Normal" do Bebê)

A fimose fisiológica é uma condição normal presente em praticamente todos os meninos ao nascer. Nos primeiros anos de vida, é comum que a pele que cobre a ponta do pênis (prepúcio) esteja naturalmente aderida à glande, o que impede a retração completa. Isso faz parte do desenvolvimento normal do órgão e tende a se desfazer com o crescimento da criança.

Resolução natural

Com o passar do tempo, o prepúcio vai se soltando de forma espontânea, permitindo a exposição da glande sem necessidade de intervenção médica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 80% dos meninos já têm resolução natural até os 3 anos de idade — e apenas 1% mantém a fimose até a adolescência (por volta dos 17 anos).

O que os pais precisam saber

Na grande maioria dos casos, a fimose fisiológica não é uma doença.O tratamento recomendado é apenas acompanhar o desenvolvimento e manter higiene adequada, sem forçar a retração da pele. Com o tempo e os cuidados certos, tudo tende a evoluir de forma natural e saudável.


Fimose Patológica (A "Fimose-Doença")

A fimose patológica, também chamada de fimose secundária, é o tipo que não se resolve naturalmente e exige acompanhamento médico. Ela pode surgir em crianças maiores, adolescentes ou até em adultos, quando há algum fator que causa inflamação ou cicatrização anormal do prepúcio.

Por que ela acontece

A principal causa é a retração forçada da pele, especialmente em tentativas de “abrir” o prepúcio antes da hora. Essa manipulação pode gerar microtraumas, que levam à formação de uma cicatriz rígida — um anel fibroso que impede a retração normal. Além disso, infecções recorrentes, como a balanopostite (inflamação da glande e do prepúcio), também podem contribuir para o surgimento da fimose patológica.

Atenção importante!

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a fimose secundária pode se desenvolver em qualquer idade, sempre que há infecção, inflamação ou traumatismo local. Por isso, o ideal é evitar qualquer tentativa de forçar a retração e procurar orientação médica se houver dor, dificuldade para urinar, inflamações repetidas ou aspecto endurecido da pele.


A Higiene no Bebê e Criança: Desmistificando a "Massagem"

O cuidado correto: limpeza suave e sem forçar

A regra de ouro é simples: limpe apenas o que o prepúcio permite expor naturalmente.

Durante o banho, lave a região externa com água e sabão neutro, sem tentar puxar a pele além do limite. Essa abordagem suave é suficiente para manter a higiene e evitar irritações.

O perigo da “massagem” forçada

Ainda é comum ouvir orientações antigas sobre “massagear” o prepúcio para ajudar a abrir, mas essa prática é incorreta e perigosa. Forçar a retração da pele pode causar dor, pequenos sangramentos e cicatrizes, transformando uma condição normal (fimose fisiológica) em um problema real (fimose patológica). Em alguns casos, a retração forçada pode até levar à parafimose, situação em que o prepúcio fica preso atrás da glande e causa inchaço e dor intensa.

Orientação médica

A recomendação é sempre realizar a higiene sem pressa e sem força, respeitando o tempo do corpo da criança. Se houver dúvidas, inflamações repetidas ou dificuldade persistente para limpar, o ideal é procurar o pediatra ou o urologista infantil para avaliação. Com cuidado e orientação correta, a maioria dos casos evolui naturalmente, sem necessidade de intervenção.

O Mistério do Esmegma (A Massinha Branca)

É comum que, em algum momento, os pais percebam uma secreção branca e densa sob a pele que cobre a ponta do pênis da criança. Essa substância, chamada esmegma, costuma gerar preocupação — mas não há motivo para alarme.

Ela não é sujeira nem infecção, e não deve ser retirada à força

Função Natural

Nas crianças com fimose fisiológica, o esmegma atua como um desengordurante natural, auxiliando no processo de separação da glande. Ele será liberado naturalmente quando a aderência se desfizer.

O que os pais precisam fazer

Nada além da higiene suave durante o banho. Não é preciso (nem indicado) tentar remover o esmegma ou abrir a pele para limpá-lo. Com o passar dos meses, o próprio corpo se encarrega de eliminar essa “massinha branca” de forma espontânea e segura.


Complicações da má higiene: balanopostite

A balanopostite é uma inflamação que pode atingir tanto a glande (a ponta do pênis) quanto o prepúcio (a pele que a recobre). Ela é a complicação mais comum em casos de fimose patológica ou de higiene insuficiente, e merece atenção porque pode causar desconforto significativo.

Como identificar

Os sinais mais frequentes são:

  • Inchaço e vermelhidão local;

  • Sensibilidade aumentada ou dor ao urinar;

  • Saída de secreção amarelada, às vezes com aspecto de pus.

Em bebês e crianças pequenas, é comum que fiquem irritados, chorosos ou evitem urinar devido à dor.

Quando procurar o médico

A ocorrência de balanopostites repetidas é uma das principais indicações médicas para a cirurgia de postectomia (retirada do excesso de pele do prepúcio). Por isso, diante de qualquer sinal de inflamação, o ideal é buscar avaliação médica o quanto antes. O tratamento costuma ser simples, com uso de pomadas específicas e cuidados locais, mas é essencial identificar a causa para evitar recorrências.



Quando Levar a Criança ao Urologista?

Na maioria dos casos, a fimose infantil é uma condição normal que se resolve naturalmente com o tempo. Mas há situações em que a avaliação de um urologista pediátrico é importante para garantir o desenvolvimento saudável e evitar complicações.

Sinais que merecem atenção

Procure avaliação médica se você observar:

  • Fimose persistente após os 5 ou 6 anos de idade: Embora seja comum em meninos pequenos, a fimose que não apresenta melhora até essa faixa etária pode indicar necessidade de tratamento.

  • Dificuldade para urinar: Dor, ardência, esforço ou jato de urina fraco — especialmente se o prepúcio “estufa” como um balão antes da urina sair (balonamento do prepúcio).

  • Infecções de repetição: Casos frequentes de balanopostite (inflamação da glande e do prepúcio) ou infecções urinárias são sinais de que é hora de investigar.


Parafimose: uma urgência urológica

A parafimose ocorre quando o prepúcio é retraído e fica preso atrás da glande, sem conseguir retornar à posição normal. Essa condição causa inchaço, dor intensa e pode interromper a circulação local, levando à necrose do tecido se não for tratada rapidamente. É uma emergência médica que deve ser avaliada imediatamente por um urologista, preferencialmente em ambiente hospitalar.

Ilustração comparando pênis em três situações: normal, fimose e parafimose. Na imagem “Normal”, a glande está totalmente exposta e o prepúcio recobre apenas a base. Na “Fimose”, há dificuldade de retrair o prepúcio que cobre a glande. Na “Parafimose”, o prepúcio fica preso atrás da glande e não retorna à posição normal. Material educativo do Dr. Daniel Sucupira, urologista em Fortaleza.
Fimose e parafimose não são a mesma coisa. Na fimose, o prepúcio não consegue ser retraído para expor a glande. Na parafimose, ele fica preso atrás da glande e não volta à posição normal, exigindo atendimento imediato.


Opções de Tratamento: Da Pomada à Cirurgia Segura

O tratamento da fimose em crianças e adolescentes segue uma sequência gradual: observação, tratamento clínico (pomadas) e, por último, a cirurgia. O objetivo é sempre buscar a opção mais simples, eficaz e menos invasiva para cada caso.

Tratamento Conservador: A Pomada de Corticoide (Betametasona)

Quando a fimose persiste após os primeiros anos de vida, o tratamento clínico supervisionado pode ser o primeiro passo.

Pomadas à base de corticoides tópicos, como a betametasona, são frequentemente indicadas pelo médico urologista ou pediatra, e costumam apresentar bons resultados quando utilizadas corretamente.

  • Eficácia Comprovada: Estudos clínicos demonstram que o tratamento com corticoides tópicos (CCT), como a Betametasona, é altamente eficaz. Uma revisão sistemática sobre a eficácia do tratamento com esteroides observou que 84,26% dos casos em análise atingiram melhora significativa. Outros estudos indicam taxas de sucesso de 70% a 90% com o protocolo de 4 a 8 semanas.

  • O uso de pomadas com corticoide não deve ser iniciado por conta própria. A escolha da medicação, o tempo de uso e a forma de aplicação variam conforme a idade da criança e o grau da fimose, e só podem ser definidos por um médico. A automedicação pode mascarar infecções, causar irritações ou retardar o diagnóstico de casos que realmente exigem cirurgia. Dito isto, fique atento as instruções de uso dada pelo seu médico urologista.

  • Recorrência: É importante saber que a fimose pode retornar em uma parte dos pacientes após a interrupção do tratamento, exigindo um novo ciclo ou a cirurgia.

Quando a Cirurgia de Postectomia é a Melhor Opção?

A postectomia, também conhecida como circuncisão, é o tratamento definitivo para a fimose. Trata-se de um procedimento simples, rápido e seguro, geralmente realizado com anestesia local e recuperação tranquila.


A Cirurgia para fimose é indicada quando:

  1. Falha do Tratamento Tópico: A pomada não surtiu efeito após ciclos completos de tratamento supervisionado.

  2. Balanopostite Recorrente: Há episódios repetidos de balanopostite (infecção de repetição/inflamação local)

  3. Parafimose na História: A criança já teve um episódio de parafimose.

  4. Dificuldade Urinária: Existe dificuldade para urinar, obstrução do fluxo urinário ou balonamento significativo do prepúcio.


A Postectomia Infantil: Segurança, Técnicas e Idade Ideal

Qual a Idade Ideal para a Cirurgia?

A decisão sobre o momento certo da cirurgia deve ser feita de forma individual, após avaliação do urologista pediátrico.

De modo geral, há um consenso médico de que a postectomia pode ser indicada após os 3 anos de idade, quando o desenvolvimento natural já permitiu a separação espontânea da pele em grande parte dos meninos, e antes da puberdade, quando o aumento hormonal pode agravar quadros de fimose patológica.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) reforça que o tratamento deve ocorrer na infância, sempre que a fimose não se resolve naturalmente ou causa infecções e desconforto.

Risco de Adiamento: A SBU demonstrou que as internações por problemas de fimose aumentaram mais de 80% entre meninos de 10 a 19 anos nos últimos 10 anos, reforçando que o tratamento deve ser feito na infância.

Isso reforça a importância de acompanhar o desenvolvimento desde cedo e realizar o tratamento no momento mais seguro e tranquilo — antes da adolescência, quando o procedimento é simples e a recuperação é rápida.


O Procedimento: Rápido, Seguro e Minimamente Invasivo

A postectomia infantil é uma cirurgia de pequeno porte e alta segurança. É realizada sob anestesia geral leve, para garantir conforto total da criança, e anestesia local complementar, que proporciona alívio da dor durante o pós-operatório imediato.

Tempo e alta

O procedimento dura em média 30 a 60 minutos, e a alta geralmente ocorre no mesmo dia. A recuperação é rápida e, com os cuidados orientados pelo médico, a criança costuma retomar suas atividades normais em poucos dias.


Pós-Operatório Infantil: O Guia Completo e Acolhedor para os Pais

O período pós-operatório costuma ser tranquilo e com recuperação rápida. Com alguns cuidados simples e acompanhamento médico, a cicatrização acontece sem complicações, e a criança retoma suas atividades normalmente em poucos dias.


Cuidados Imediatos (Primeiras 48 Horas)

Nas primeiras 48 horas após a cirurgia, é importante que a criança permaneça em repouso relativo e evite brincadeiras que exijam esforço físico ou contato direto na região.O ideal é que permaneça em casa por cerca de três dias, garantindo conforto e seguindo as orientações médicas.

Depois desse período, geralmente já é possível retomar atividades leves, sempre conforme a recomendação do urologista e o ritmo de recuperação individual da criança.

Higiene e Cicatrização (Primeira Semana)

  • Pontos: O Dr. Daniel utiliza sutura com fios absorvíveis, que caem sozinhos entre 10 e 14 dias. Não é necessário — e nem deve ser tentado — remover os pontos manualmente. Nunca tente puxar os pontos!

  • Higiene: A limpeza deve ser feita diariamente, de forma suave, com água e sabão neutro, sem esfregar e sem forçar a exposição da glande. Após o banho, seque o local com delicadeza, apenas encostando a toalha limpa.

Dor, inchaço e pomadas

É comum haver leve inchaço ou sensibilidade nos primeiros dias — sintomas que melhoram progressivamente. O médico pode prescrever analgésicos ou pomadas cicatrizantes, que devem ser usadas exatamente conforme orientação médica. Não aplique nenhum produto sem prescrição médica.

Retorno e acompanhamento

O retorno para revisão costuma ser marcado entre 7 e 14 dias após a cirurgia, para avaliar a cicatrização e garantir que tudo está evoluindo bem. Com os cuidados certos, a recuperação é rápida, segura e sem dor.

O mais importante é manter a calma e seguir as orientações médicas. O pós-operatório da postectomia infantil, quando acompanhado de perto, é simples e tranquilo — e o resultado é duradouro, com mais conforto e saúde para o seu filho.


O emocional dos pais no pós-operatório: o que é normal (e quando se preocupar) 💙

O pós-operatório pode ser um momento delicado para os pais. Mesmo quando tudo corre bem, é natural que a aparência da região cause preocupação — a presença de inchaço, pequenos pontos, secreção transparente ou uma gaze que parece “colada” pode assustar à primeira vista.

O que é normal

Nos primeiros dias, é esperado observar:

  • Inchaço leve e uma coloração mais avermelhada;

  • Gazes ou curativos que ficam parcialmente aderidos à pele;

  • Pequena secreção amarelada, que é parte natural da cicatrização, e não pus;

  • Sensibilidade ao toque ou leve desconforto na hora do banho.

Esses sinais não indicam infecção nem complicação — são parte do processo de cicatrização. O ideal é não tentar remover gazes coladas ou pontos, pois isso pode causar dor ou sangramento. Se a gaze estiver muito aderida, umedeça suavemente com água morna durante o banho, e ela se soltará naturalmente.

Quando entrar em contato com o médico

Procure o urologista se:

  • Houver sangramento persistente ou intenso;

  • A criança apresentar febre ou dor forte que não melhora com a medicação orientada;

  • O pênis ficar muito inchado, escurecido ou com mau cheiro;

  • Ou se houver dúvida sobre o aspecto da ferida — mesmo que pareça algo pequeno.

Não há exagero em buscar orientação — é melhor perguntar do que agir com insegurança. Na maioria das vezes, uma breve conversa ou retorno rápido ao consultório é suficiente para tranquilizar os pais e garantir o conforto da criança.

💬 Dica do Dr. Daniel

“A recuperação da cirurgia é simples, mas o emocional dos pais precisa de cuidado também. Ver o filho desconfortável, mesmo que por pouco tempo, é difícil — e tudo bem sentir medo. O mais importante é não tentar resolver sozinhos. Estamos aqui para orientar e acompanhar cada etapa.”


Fimose e a Saúde a Longo Prazo: O Olhar Preventivo

A fimose não tratada na infância ou adolescência pode, em alguns casos, trazer consequências na vida adulta. Por isso, além do cuidado imediato, é importante compreender o impacto preventivo da postectomia para a saúde íntima ao longo dos anos.

Prevenção de infecções e doenças sexualmente transmissíveis

A presença de fimose pode dificultar a higiene adequada, favorecendo infecções locais recorrentes, como a balanopostite, e, a longo prazo, aumentar a suscetibilidade a algumas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Estudos mostram que homens circuncidados têm menor incidência de infecções genitais e redução significativa na ocorrência de balanopostites.

A circuncisão — quando indicada e realizada em ambiente médico — é considerada uma medida de prevenção complementar, contribuindo para a saúde urogenital e sexual ao longo da vida.

O fator câncer de pênis: a prevenção primária

A fimose persistente é reconhecida como um dos principais fatores de risco para o câncer de pênis na vida adulta. Isso ocorre porque o acúmulo de esmegma e a dificuldade de higiene podem gerar inflamações crônicas e lesões repetidas, aumentando o risco ao longo dos anos.

A postectomia realizada na infância ou adolescência, quando bem indicada, é considerada uma forma de prevenção primária contra esse tipo de câncer. Mais do que um tratamento, é uma ação preventiva que garante conforto, saúde e segurança a longo prazo.

Quanto custa a cirurgia de fimose?

O valor da cirurgia de fimose varia de acordo com a complexidade do caso e o tipo de estrutura hospitalar utilizada.

Em média, o investimento para o procedimento particular com o Dr. Daniel Sucupira fica entre R$ 6.000 e R$ 8.000, incluindo toda a equipe médica necessária — médico cirurgião, anestesista e auxiliar.

É importante considerar que o custo final pode envolver também taxas hospitalares, materiais cirúrgicos, exames pré-operatórios e cuidados no pós-operatório, que variam de acordo com o local e as necessidades específicas do paciente. Quando a família possui plano de saúde, a infraestrutura hospitalar pode ser coberta pelo convênio.

Durante a consulta, o Dr. Daniel e sua equipe explicam todas as etapas e orienta sobre a melhor opção para garantir segurança, conforto e recuperação tranquila para o seu filho.

Agende uma avaliação particular para receber um orçamento detalhado e esclarecer todas as dúvidas com o Dr. Daniel Sucupira.


Mitos e Verdades: A FAQ Definitiva para os Pais

Depois de entender tudo sobre a fimose e seus cuidados, é normal que ainda restem dúvidas.


Abaixo, respondo às perguntas mais frequentes que recebo no consultório — de forma clara e direta, para ajudar você a se sentir mais seguro.


Fimose em bebê/criança: até que idade é normal?

Geralmente, a separação do prepúcio da glande do pênis ocorre de forma espontânea até os 3 ou 4 anos de idade, podendo demorar um pouco mais em alguns casos. Caso a retração continue difícil após os 5 ou 6 anos, é indicado procurar um urologista pediátrico para avaliação.

 Pomada para fimose funciona de verdade? Qual o nome da pomada?

Sim, o tratamento com pomadas à base de corticoide, como a betametasona, pode ser eficaz em muitos casos de fimose persistente. Essas pomadas ajudam a aumentar a elasticidade da pele e reduzir inflamações, facilitando a retração natural. Porém, o uso deve ser sempre orientado por um médico, que define o tempo e a forma correta de aplicação. A automedicação pode causar irritação, mascarar infecções e atrasar diagnósticos. Na maioria dos casos, o tratamento clínico é o primeiro passo antes de considerar qualquer cirurgia.

 O que é balanite ou balanopostite de repetição em criança?

A balanopostite é uma inflamação da glande e do prepúcio, geralmente causada por acúmulo de secreção, má higiene ou infecção. Quando esses episódios se repetem, o quadro é chamado de balanopostite de repetição — e pode indicar que a fimose já é patológica. Os sintomas incluem vermelhidão, inchaço, dor e secreção na ponta do pênis. Nesses casos, o urologista pode avaliar a necessidade de tratamento definitivo com cirurgia (postectomia) para evitar novas infecções e garantir conforto à criança.

 Cirurgia de fimose em criança: quando fazer e como é a recuperação?

O momento ideal para fazer a postectomia na criança com fimose patológica varia conforme o caso, mas geralmente é realizado após os 3 anos e antes da puberdade.


É um procedimento rápido, seguro e minimamente invasivo, feito sob anestesia leve e local para garantir conforto total. A alta costuma acontecer no mesmo dia, e a recuperação é tranquila, com retorno às atividades leves em poucos dias.


O acompanhamento do médico é essencial para orientar curativos, higiene e revisar a cicatrização.

Pode forçar a pele do pênis do bebê? “Massagem” ajuda a abrir o prepúcio?

De forma alguma. Tentar forçar a retração da pele do prepúcio é uma prática incorreta e perigosa, que pode causar dor, sangramento e cicatrizes.


Isso, ao invés de ajudar, pode transformar uma fimose fisiológica (normal) em uma fimose patológica, que só se resolve com cirurgia. O ideal é nunca forçar: a higiene deve ser feita apenas até onde o prepúcio permite naturalmente.


Fazer a cirurgia de fimose muito cedo atrapalha o crescimento do pênis?

A postectomia não interfere no crescimento do pênis. O desenvolvimento do órgão é determinado por fatores hormonais e genéticos, não pela presença ou ausência do prepúcio. Quando a cirurgia é realizada com indicação médica e técnica adequada, ela não compromete o tamanho, a sensibilidade ou a função sexual futura.


O que realmente faz diferença é realizar o procedimento no momento certo, com acompanhamento de um urologista pediátrico de confiança.

Toda criança com fimose precisa operar?

Não. Na maioria dos casos, a fimose é fisiológica e se resolve naturalmente com o tempo e a higiene adequada. A cirurgia é indicada apenas quando há sintomas, infecções ou dor.

Passar pomada sempre resolve?

Não. As pomadas com corticoide ajudam em muitos casos, mas nem sempre são suficientes. O sucesso depende do tipo de fimose e da resposta individual da criança.

A cirurgia é dolorosa e demorada?

A postectomia ou circunsição é um procedimento rápido, realizado com anestesia segura. A recuperação é tranquila e o desconforto costuma ser leve e passageiro.

A fimose é uma doença?

A fimose fisiológica é apenas uma fase do desenvolvimento natural. Só é considerada doença quando causa inflamação, dor ou dificuldade para urinar.


Entender a fimose é o primeiro passo para cuidar com tranquilidade. A informação correta protege o seu filho e evita intervenções desnecessárias. Sempre que houver dúvida, procure orientação médica — o acompanhamento de perto faz toda a diferença.



Cuidado e Competência Técnica: A Abordagem do Dr. Daniel Sucupira

Acredito que cuidar vai muito além do tratamento. Envolve acolher, ouvir e explicar com calma, para que você se sinta seguro(a) em cada decisão sobre a saúde do seu filho. Meu compromisso é unir competência técnica e empatia, oferecendo uma comunicação clara e tranquila, mesmo nos momentos que despertam mais preocupação.

Sou formado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e realizei residências em Cirurgia Geral, Urologia e Transplante Renal no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP).


Tenho especialização em Urologia Infantil, Cirurgia Robótica e Urologia Minimamente Invasiva, com formações complementares em instituições de referência mundial, como o Memorial Sloan Kettering Cancer Center (Nova York), a Orsi Academy (Bélgica) e a Fondazione IRCCS Ca’ Granda (Milão).


Trago dessa trajetória a certeza de que informação é parte do cuidado. Quando os pais entendem o que está acontecendo e sabem o que esperar, tudo se torna mais leve — e o tratamento do seu filho, mais seguro.

Estou aqui para orientar e acompanhar cada etapa com atenção e dedicação. Cuidar é também informar.

Para agendar uma consulta comigo entre em contato pelo nosso WhatsApp no número (85) 98131-1038.

Conte comigo,

Dr. Daniel Gabriele Sucupira.



Dr. Daniel Gabriele Sucupira - Cuidado humanizado com precisão cirúrgica.

Urologista — CRM CE 14223 • RQE 8587

Especialista em Uropediatria, Cirurgia Robótica e Urologia Minimamente Invasiva

📍 Fortaleza - CE

📞 (85) 98131-1038 | WhatsApp

Fontes e Refências

Citação

Título da Fonte

URL Completa

[1]

Eficácia do uso de corticoides tópicos no tratamento da fimose primária em crianças e adolescentes (Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade)

[2]

Fimose — Ministério da Saúde - Portal Gov.br (Definição, tipos de fimose e riscos de não tratar)

[3]

Internações por problemas relativos à fimose entre meninos de 10 a 19 anos aumentam mais de 80% em 10 anos no SUS e preocupam SBU - SBU-SP (Dados oficiais da Sociedade Brasileira de Urologia sobre a postergação do tratamento)


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Dr. Daniel Gabriele Sucupira

Médico Urologista

CRM-SP 171.495 RQE-SP 90.508
CRM-CE 15186 RQE-CE 13.959

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